Viagem à Escócia - Ilha de Skye

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Depois da minha primeira viagem sozinha à Irlanda em Julho do ano passado, um dos próximos sítios que andava com muita vontade de conhecer era a Escócia! Tinha um pequeno receio de ser muito parecido com a viagem anterior, para estar a fazer logo de seguida, mas a experiência seria sempre diferente e não me iria fartar se os locais fossem parecidos, pois é do tipo de vistas e natureza que existe na Irlanda e certamente iria haver na Escócia, que eu mais gosto e valorizo, por isso, toca a aproveitar a viagem!

Cuith-Raing #12

Introdução - a tour

O ano passado, fiz uma excursão (tour) à Irlanda, conheci uma australiana que me recomendou a empresa Rabbies Trail Burners para visitar a Escócia e por várias vezes andei a rondar as tours que têm no site. Têm a tantos sitios diferentes e de dias tão variados que quase parece ser ao gosto do freguês. Gosto de me afastar das capitais, aproveitando apenas um bocado do tempo de passagem para as conhecer mas ter a viagem em si afastada da capital e das confusões para conhecer o interior dos países, por isso, indo sozinha, prefiro ir nestas tours de autocarros, sendo uma forma mais segura e relaxada de viajar com informação local dos guias e indo directa aos sitios que mais interessam, aproveitando ao máximo! Então, lá escolhi esta empresa com tanto feedback positivo no tripadvisor e optei pela tour de 3 dias à Ilha de Skye que seria o mais conveniente para mim, sobrando um bocado de um dia para conhecer Edinburgh (por muito dificil que me seja dizer bem, diz-se algo como: Edinbrrou) e ainda ter tempo para voltar para o aeroporto em Manchester.

Mapa só para dar ideia da distância de Edinburgh à Ilha de Skye. Não mostra o percurso que fiz.

Ao contrário do Paddywagon tours na Irlanda, a Rabbies não tem wi-fi nos autocarros, por isso, deixei a sugestão. Não lhes agrada muito que tenham sempre pois os turistas não tomariam tanta atenção à viagem e histórias contadas mas sendo assim, sugeri que tivessem a possibilidade de ligar e desligar o wi-fi, em circunstâncias específicas e apenas momentâneas. Assim todos ficariam contentes, eheh!

Rabbies Tours @ Loch Lubnaig

inside Rabbies tours

A ida

Atrasos na TAP, comboio perdido

Antes de passar já para a aventura na Escócia, há muito por falar sobre o percurso até lá! Esta viagem teve alguns contratempos. Já não tinha algo assim há muito tempo (também não faço lá muitas viagens de avião). O meu voo da TAP de Lisboa para Manchester comecou com um atraso de uma hora, que mudou para duas horas e mais tarde acrescentaram 25 minutos. Para além desse tempo, nós, os passageiros ainda esperámos dentro do autocarro que faz a ligação do aeroporto ao avião e viamos os técnicos de um lado para o outro a consertar algo por baixo deste (fosse importante ou não, andavam lá de roda e preocupou-me um bocadinho), eventualmente entrámos e esperámos mais tempo sentados, até finalmente arrancarmos para a pista e descolarmos. Com isto tudo, o avião deveria sair às 13:50 e descolou às 16:10... mas pelo menos descolou, voou e aterrou sem problemas.

No entanto, devido a esse atraso, não iria conseguir apanhar o comboio que precisava de Manchester para Edinburgh. E só havia um às 22:00 com duas mudanças pela madrugada a dentro e não conseguiria estar às 8:15 no ponto de encontro da tour que marquei para o dia seguinte. Felizmente, tinha o Mike, em Portugal, que pesquisou alternativas para mim e encontrou um comboio semelhante, também com duas mudanças pela madrugada que chegaria às 6h e tal da manhã, o que já funcionava para mim mas estava com um bug qualquer na reserva online e isso poderia ser problemático caso enchesse quando lá chegasse e não podesse apanhá-lo... mas lembrou-se e encontrou mais uma alternativa, um pouco mais cara mas muito muito melhor, ir num voo doméstico! Este sairia às 20:30 e seria uma hora de voo, por isso, chegaria de noite e dormiria em Edinburgh conforme já tinha tudo planeado e com esta alternativa consegui dormir uma boa noite de sono e chegar a tempo da tour!! Yey! (spoiler alert, lol)

Nota: para problemas com atrasos, a TAP só se disponibiliza a encontrar alternativas, se implicar cancelamentos ou perdas de voos de ligação mas para outros meios de ligação... desemerdem-se! Pelo menos, isso foi o que me responderam quando, depois da mais de uma hora de tempo que estive na fila (que estava cheia de passageiros, tanto desse como doutros voos da TAP), cheguei à senhora funcionária do apoio ao cliente e levar com uma resposta desse género (sem a parte do desemerdem-se...). No entanto, encontrei um artigo da DECO Proteste: Viagens de avião: o que exigir em caso de atraso, cancelamento e perda de malas e cheguei a enviar um formulário para o site da TAP mas até agora ainda não obtive resposta.

Durante o voo, pela primeira vez (que me lembro que reconheci), sobrevoei de dia, o Campo Pequeno, Parque Eduardo VII e analisei várias ruelas de Lisboa, é uma vista muito interessante mas com tão pouco tempo a sobrevoá-la. Need more time!
O avião deu meia volta e sobrevoámos em paralelo toda a costa portuguesa, que bonito!

Melhores refeições na TAP

Parece que as refeições a bordo da TAP deixaram de ser sandes. Serviram uma caixinha com fusili, frango (ainda vários bocados consideráveis, bem servido) e amêndoas (não costumo gostar de amêndoas mas ficava muito bem neste prato). Pãozinho com manteiga e uvas, tudo isto caiu mesmo bem (apesar de ter almoçado). Nice improvement!

Revistas grátis pela TAP

E agora uma quick tip que não fazia ideia: sabiam que podem ir ao Balcão de Leitura a Bordo (da TAP) com o bilhete do voo (da TAP) e trazer uma revista ou jornal grátis? A revista que trouxe tinha 3 meses, talvez seja por isso... Mas para além da escolha de apenas uma dessas (que se vendem e ali escolhe-se uma) existem outras que se podem levar mas o funcionário ao balcão explica quais são.

Às 18:45 cheguei a Manchester Airport. Como a companhia aérea do voo que tinha recentemente adquirido se encontrava numa lista afixada das companhias aéreas permitidas para passarem pelo Flight Transfer, segui diretamente sem ter de sair e fazer checkin novamente (pelo menos penso que seria isso que iria acontecer caso não estivesse na lista).

Problemas com o bilhete no telemóvel

E tendo isto tudo sido feito em cima do joelho, não tive oportunidade de imprimir o bilhete deste segundo voo e com as SMS, chamadas e pesquisas, tinha mesmo muito pouca bateria no telemóvel. O segurança ainda me deu acesso a um wi-fi temporário (cerca de 15 ou 30 min) do aeroporto e ainda conseguiu ver rapidamente o bilhete no email do meu telemóvel antes de se desligar e assim foi possível que eu passasse no controlo de segurança mas como iria precisar de mostrar o bilhete mais à frente, fiquei na sala de espera enquanto me colocaram o telemóvel a carregar num computador, porque apesar de não me ter esquecido do adaptador Europa - Reino Unido, esqueci-me do carregador USB - corrente (mas não do cabo: telemóvel - USB)... confusão, tantos componentes!! Mas encontrei a peça que me faltava numa lojinha desse aeroporto e carreguei o telemóvel perto do gate, de castigo encostada a uma parede perto da casa de banho dos homens... Não fui a unica, um pouco mais tarde eramos duas lol
Seria util haver tomadas perto dos bancos mas já foi muito bom existir, e o corredor ser bem largo para todos coexistirmos ali sem qualquer problema.

Voei num avião todo roxinho da Flybe e ainda ofereceram rebuçados ao sair do avião - que fofura arroxeada! Por Manchester ficaram as luzinhas da cidade à noite e a grande simpatia dos seguranças com que interagi, duvido que os portugueses tivessem sido assim mas aquela zona também era bem mais calma, pelo menos, àquela hora, não deveria haver muito stress no ar.

Reflexões da vida

Em nenhuma aterragem ou descolagem aconteceu algo de anormal, tudo se passou sem problemas mas o facto de ter visto os técnicos de roda do avião a TAP, já estar cansada de atrasos e filas, estar a ficar tarde, ser um segundo voo e aumentar probabilidades de algo não correr bem e poder-me acontecer alguma coisa... comecei com questões sobre a vida que já costumo ter no dia-a-dia mas, por vezes, as respostas ficam encobertas por outros assuntos ou preocupações e não sei ver ou separar tão bem como devia e parece que devia dar importância a mais coisas e pessoas mas isso é cansativo e não costuma ser equilibrado. As questões que me assolaram - Quem é realmente importante na minha vida? O que me faz feliz? O que realmente importa? - e as respostas, das pessoas que me vieram à cabeça e aquilo que me faz sentir bem e feliz, foi bastante óbvio e claro. E o materialismo cada vez tem menos importância, o tempo que gastamos com pequenas e certas coisas que nos consomem o tempo da nossa vida e não nos adicionam grande felicidade ou felicidade prolongada. Há que ver o que realmente queremos com a nossa vida, com quem e como que é que queremos gastar o nosso tempo limitado e finito.

Mas pronto, isto foi o momento mais zen deste dia.

An Cailc #5

Escócia, finalmente

Cheguei pelas 22:00 numa noite bem fresca a Edinburgh e procurei pelo autocarro da Lothian, o Airlink 100 que faz ligação do aeroporto ao centro de Edinburgh onde reservei o meu alojamento. É só sair do aeroporto, zona dos voos domésticos e seguir o caminho para peões. Havia algumas obras mas é a primeira paragem. Existem autocarros de 10 em 10 minutos, demoram cerca de 30 minutos até ao centro e são 4£. São autocarros com um andar, sendo a parte de baixo mais específica para malas de viagem, com alguns lugares e a parte de cima fechada e ainda bem, porque já andei num que era aberto e desta vez a noite estava mesmo fria e não seria nada aconselhável.

Mais tarde na tour, o Jamie, guia da Rabbie Tours, contou-nos que o Tram de Edinburgh demorou imenso tempo a ser construído, destruiu a cidade e ninguém de Edinburgh queria aquele tram! E mesmo depois da conclusão (só abriu este ano em Maio) as pessoas continuam a dizer que não utilizarão o tram! Portanto... apenas andam turistas por lá. E isto veio à baila agora, porque o tram também faz ligação do aeroporto ao centro mas demora mais tempo, existem com menos frequência e são mais caros do que o Airlink 100... portanto.... qual escolher mesmo? Poderá, no entanto, ser porreiro experimentar uma vez.

chegada a Edinburgh - Waverley Bridge

Saí na ultima estação do autocarro, Waverley Station, que pára mesmo em cima da Waverley Bridge, onde tem a estação de comboios (daí o nome da paragem), dirigi-me para o sentido errado (tinha 50% probabilidade...) e lá pedi indicações num pub, onde um escocês muito simpático e animado me deu muito boas indicações e que tinha de voltar à ponte para o outro lado. Já na rua do hostel, depois de algumas perguntas e voltas ao bloco (não entendo a numeração, mas o hostel fica na 5/3 da rua...), dei com a porta (existe uma outra rua mais direta que passei a usar depois disso) e fiz checkin no Haggis Hostel. Ainda saí para um pequeno jantar na noite super fresca onde comi num banquinho a olhar para o edifício da foto mais em baixo, era uma noite tranquila.

jantar num banquinho a olhar para aqui

Não sei se foi o choque da diferença de temperaturas entre Lisboa e Edinburgh ou da pequena chuvinha que apanhei no Avante! mas essa noite dormi com uma grande dor de garganta e o dia seguinte não andei propriamente a 100%. :/

Haggis Hostel

O Haggis Hostel é ideal por ser muito central e porque só queria mesmo passar uma noite sem ter de andar a utilizar transportes para o ponto de encontro da tour no dia seguinte cedo. Quem carregar malas terá dificuldade em subir as escadas até ao andar do hostel, não há elevador mas para backpackers não haverá problema. Escolhi um dormitório para 4 raparigas e apesar de serem dois beliches o corredor entre eles é um pouco estreito e não tem muito espaço para nos movimentarmos se estivermos todas acordadas, com duas dá para nos ajustarmos (uma no corredor e outra perto da porta), com mais não. Achei o sitio simpático, limpo, organizado e bem informado. Gostei especialmente por ser muito silencioso, pelo menos o quarto 2 onde fiquei mas existe um outro quarto ao lado da cozinha, talvez esse não seja tão bem isolado. Como fiquei neste hostel no primeiro e último dias em Edinburgh, posso dizer que a cama de baixo do beliche é mais confortável que em cima, pois no último dia acordei com uma dor nas costas que seria do colchão ou mais provavelmente da maneira como estava posicionado o estrado. Gostei da minha decisão neste local, para hostel está bem conseguido, é uma opção mais barata quando fica muito caro reservar um quarto só para uma pessoa.

Factos e curiosidades

Antes de avançar para os locais onde estive com a Rabbies Trail Burners em que tirei muitas fotografias, deixo alguns factos e curiosidades interessantes, partilhados pelo nosso guia da tour, durante a viagem.

7 Colinas

Tal como Lisboa, Edinburgh tem 7 colinas!

Visitei uma delas, a Calton Hill no meu penúltimo dia na Escócia, depois da tour terminar (mais no final do post).

Calton Hill, Edinburgh #11

Lochs / Lagos

Existem mais de 30 mil lagos na Escócia! Tive mesmo de ir procurar este facto dado pelo Jamie, poderia ter escrito mal o número mas é mesmo verdade!

It has been estimated that there are at least 31,460 freshwater lochs (including lochans) in Scotland, and more than 7,500 in the Western Isles alone.

List of lochs of Scotland - wikipedia

Pubs

A Escócia tem cerca de 17000 pubs! Tinha anotado 14000 que o guia tinha dito mas não tinha a certeza se tinha apontado bem o número então fui procurar e o número encontrado é maior!

The City of Edinburgh has more pubs and more liquor licences than any other council area in Scotland according to new government statistics. The Scottish Liquor Licensing statistics, which provide a snapshot of licensed premises at the end of December 2007, lists Edinburgh as having 732 public houses and a total of 1,929 liquor licences in total. Glasgow by comparison had 715 pubs and 1,890 licenses in total.

That equates to 50 licenses per 10,000 population in Edinburgh. Glasgow and East Lothian have 40 per 10,000 population, and West Lothian has 30.

Across Scotland

The total number of licenses held across Scotland - including hotels, restricted hotels, pubs, restaurants, off-sales, refreshment, and entertainment premises - measured 17.021 in total.

Edinburgh Has Most Pubs and Licensed Premises in Scotland - Edinburgh Guide

Taxas por janela

No século XVIII começaram por taxar as janelas por casa. As pessoas não queriam ter de pagar mais e, ao passarmos de autocarro por Edinburgh, vimos várias casas que tinham janelas, normalmente as das pontas, todas cobertas por tijolos. Deste modo, conseguiam evitar a tal taxa por janela!

The window tax was a property tax based on the number of windows in a house. It was a significant social, cultural, and architectural force in England, France and Scotland during the 18th and 19th centuries. To avoid the tax some houses from the period can be seen to have bricked-up window-spaces (ready to be glazed or reglazed at a later date), as a result of the tax.

Window tax - Wikipedia

Windows in Brighton Street, Edinburgh
Créditos da imagem: "Windows in Brighton Street, Edinburgh" by Kim Traynor - Own work. Licensed under CC BY-SA 3.0 via Wikimedia Commons.

Faeries / Fadas

Na Escócia acreditam bastante em faeries ou fadas, principalmente no nosso destino, A Ilha de Skye!

Faerie: from the Latin term for fate (fata), faeries (or fairies) are a host of supernatural beings and spirits who occupy a limbo between earth and heaven. This is in recognition of the skill faeries had in predicting and even controlling human destiny. Faeries could be either good or evil creatures, and at various points in history have been confused with evil and demons. (...)
Fay or fey is the archaic term for faerie meaning bewitched or enchanted. This word derives from Fays meaning Fates, and thought to be a broken form of Fatae. Fay-erie was first a state of enchantment or glamour, and was only later used for the fays who wielded those powers of illusion. The state of enchantment is fayerie, which became fairy and faerie.

The Fae (circleofthesacredfae.info)

Existiu um senhor, o Reverendo Robert Kirk , mais conhecido pelas suas crenças nas faeries do que cristãs, que dizia ter um sexto sentido e, a partir das sua experiências pessoais, catalogou 36 tipos de faeries, incluindo os seus costumes! Escreveu o livro The Secret Common-wealth of Elves, Fauns and Fairies em 1691 mas só foi publicado em 1815 por Walter Scott e numa segunda versão com o título oficial, por Andrew Lang. Os escoceses dizem que as faeries teriam a sua vingança por ele ter contado tantas coisas sobre elas. Mais sobre Robert Kirk: The fairies of Doon Hill e Reverend Kirk and the Fairy Knowe.

Existem zonas em que vemos muitas pedrinhas em cima de outras pedras que as pessoas colocam para dar boa sorte às faeries! Não se podem desmanchar, apenas montar!

Faery stones

Faery stones

The Kelpies

No início da ida de Edinburgh para a Isle of Skye, passámos por uma escultura enorme. Infelizmente não saímos da auto-estrada para pararmos lá mas o pequeno vislumbre que tive achei-a lindissima. Na altura até tinha colocado no meu bloco de notas mal escrito, tinha Calopies e na minha pesquisa na net não encontrava nada, até ter pesquisado pela sua descrição: escultura de cabeças de cavalo na Escócia (head horse sculpture scotland), foi então que vi que afinal a denominação era The Kelpies!

Esta escultura tem 30 metros de altura e são duas cabeças de cavalo. O nome Kelpie poderá vir do gaelico e significa cavalo de água (water horse), assim como se diz ser o monstro do Lochness.

The Kelpies, at The Helix, Scotland - Beninjam200
Créditos da imagem: "The Kelpies, at The Helix, Scotland" by Beninjam200 - Own work. Licensed under CC BY-SA 4.0 via Wikimedia Commons.

Vaca Hamish

Existe uma personalidade na Escócia que tem uma página de facebook com, actualmente, 4500 likes! É o Hamish, the Highland Cow! Vislumbrámos o Hamish também de passagem pela quinta.

O Hamish é um touro que escapou à matança na altura da doença da vaca louca e é muito popular com os turistas. Tem um CV online (smithartgalleryandmuseum.co.uk) que está engraçado.

O Jamie contou-nos que quando arranjaram uma namorada para o Hamish, ele afinal era um cobarde... e arranjaram também um psicólogo que sugeriu a ideia de adicionarem uma vedação entre eles e só quando o Hamish se sentisse particularmente entusiasmado, se juntariam. E não é que funcionou? O Hamish é papá! eheh

Na realidade, como não parámos na quinta e eu não ia no lado do autocarro que dava para ver bem o Hamish, mal notei como ele era e mais tarde quando fizemos uma paragem numa lojinha e vi postais de uma vaca com franja, aquilo que mais queria era ver era uma vaca com franja! Agora que penso nisso, os postais deviam ser a foto do Hamish. Posso, no entanto dizer, que no último dia da tour, a caminho de Edinburgh, na auto-estrada, passámos por uma quinta com várias vacas e consegui ver uma lá no meio com franja! Que fixe, parecem tão emo que têm piada. De facto, a franja e todo o pêlo (ou mais cabelo) que estas vacas têm garantem-llhes mais protecção no inverno.

Cow - User:Nilfanion
Créditos da imagem: "Cow on Pupers" by Nilfanion - Own work. Licensed under CC BY-SA 3.0 via Wikimedia Commons.

Na Escócia existem dois tipos de ovelha, as de focinho branco e as de focinho preto. Lembro-me de ver as de focinho preto também na Irlanda mas acho que nunca vi em Portugal! Acho uma fofura :p
No entanto, o que queria dizer, é que na Escócia, a lã que utilizam costuma ser de alpacas e lamas, pois são de melhor qualidade! Adoro alpacas e lamas, são ainda mais fofas! (nunca sei é distingui-las)

Scottish Sheep!

Aviões a jato

Como as Highlands nao têm rotas internacionais, vi, a sobrevoarem-nos baixinho, dois aviões a jato, que estariam em treinos!

William Wallace, o Brave Heart

William Wallace é considerado um herói na Escócia pois ganhou muitas batalhas, inclusivé uma famosa, a Batalha da ponte de Stirling. O filme Braveheart tornou-o mais conhecido, interpretado pelo Mel Gibson.

Inspiração Hogwarts

A arquitectura da escola George Heriot em Edinburgh, inspirou J. K. Rowling a descrever Hogwarts no seu primeiro livro do Harry Potter.

Pratos tradicionais

Experimentei dois pratos tradicionais da Escócia. O primeiro, Haggis tem um sabor forte e vinha acompanhado por puré de batata e nabo que ficava mesmo bem tudo junto e apesar de parecer bem servido, com uma boa quantidade que iria conseguir terminar... revelou-se por ser demasiado e só conseguir dar conta de metade! Desperdício... não gosto que sobre mas as comidas por lá são pesadas e muito bem servidas!

Vou citar a wikipedia em português do que é Haggis porque só assim soube o que era. Em inglês não ia lá com esses nomes estranhos que não constam no meu vocabulário.

Haggies, neeps and tatties

Haggis é um prato tradicional da cozinha escocesa e consiste num bucho de carneiro recheado com vísceras, ligadas com farinha de aveia.. (...) Difere dos maranhos portugueses porque nesta preparação o bucho fica inteiro.

Haggis - wikipedia

Basicamente, para mim, o mais parecido que possa ter comido em Portugal, poderá ser a alheira mas mesmo assim é diferente.

O segundo prato tradicional que provei foi a Cullen Skink e é uma sopa de peixe em creme que me fez lembrar um creme de cogumelos (mas não leva cogumelos) que costumo comer em Portugal e estava uma delícia!
Nesse almoço fui com a australiana que conheci na tour e experimentámos lagoustins que nunca tinhamos comido e era bom mas não achei nada de especial, estava à espera de ser melhor e afinal é tipo o camarão (mas quero voltar a experimentar em Portugal, não fosse grande coisa por lá ou fossem diferentes).

Home-made Cullen Skink (traditional smoked fish) & Lagoustins with Jemma - The Isles Inn (for lunch) - Portree

Cullen Skink é uma sopa típica da Escócia, feita basicamente de peixe fumado, batata, cebola e leite ou nata. A sopa é originária da cidade de Cullen, em Moray, nordeste da Escócia (...)
A base da sopa é um caldo de peixe, de preferência feito com o próprio peixe fumado; este caldo pode incluir vinho branco, alho-porro, funcho, louro, cebola e, por vezes, chalota, ao qual se junta batata cozida ou em puré, o peixe cozido desfeito em flocos e, no fim, leite e nata. Em algumas receitas, o caldo não é referido, sendo os ingredientes cozidos diretamente em leite, podendo juntar-se cebola salteada; enquanto que noutras usa-se caldo de peixe industrializado, o que diminui o tempo de preparação, embora possa introduzir sabores estranhos ao tradicional.

Cullen Skink - wikipedia

E ainda tenho uma fotografia do lado inverso da mesa, que a Jemma tirou, eheh. Nice lunch!

cullen skink and lagoustins

Os clãs!

A Ilha de Skye era dominada por dois grandes clãs rivais que, durante séculos, lutaram um contra o outro: os MacDonalds situados numas partes de Skye e em Uist e os MacLeods, noutras partes de Skye e Harries.

clan MacDonald clan MacLeod

Créditos das imagens, respectivamente:
"Sir Alexander Macdonald, 1744 - 1795. 9th Baronet of Sleat and 1st Baron Macdonald of Slate" by Sir George Chalmers (Scottish, about 1720 - 1791) - http://www.nationalgalleries.org.
"MacLeod (R. R. McIan)" by Robert Ronald McIan (1803-1856). - The Clans of the Scottish Highlands..
Both licensed under Public domain via Wikimedia Commons.

Apesar de serem pequenas batalhas por aqui e por ali, eventualmente viram que não havia nenhuma razão para continuarem a lutar e os MacLeods ofereceram uma filha para casar com o rei dos MacDonalds para um hand-fasting, algo que existia na altura, que consistia num ano casamento à experiência.

Dizia-se que o rei dos MacDonalds era muito violento e batia na mulher. Ela chegou a perder perdeu um olho! Aproximando-se do final do ano à experiência, como ela não gerou um herdeiro, o rei também não queria ter uma mulher só com um olho, então devolveu-a aos MacLeods, a caminho de Dunvegan, sentada em cima de um cavalo de apenas um olho, conduzidos por um homem de apenas um olho e por um cão de apenas um olho... o que era ofensa atrás de ofensa atrás de ofensa...

Foi enviada uma equipa de 40 homens do clã MacLeods para a ilha de Uist do Norte para se vingarem roubando o gado que conseguissem mas os MacDonalds foram avisados e guardaram o que tinham no Templo de Trinity e Carinish. Os MacLeods também descobriram isso e fizeram-se a caminho. Apareceram doze MacDonalds cujos MacLeods os perseguiram mas era uma emboscada! Foram conduzidos para campo aberto, o que se traduziu numa batalha que durou praticamente o dia inteiro.
Os MacDonalds ganharam e a equipa de MacLeods foi dizimada.

Diz-se que esta foi a última batalha na Escócia usando as armas tradicionais (espadas e setas) mas os conflitos não terminaram.

Houve ainda um massacre de 395 MacDonalds dentro de uma caverna por inalação de fumo cuja entrada da caverna foi incendiada pelos MacLeods... (fonte semelhante à história que ouvi)

Noutra altura, os clãs fizeram uma competição em Staffin Bay com o melhor dos homens de cada lado que teriam de remar de uma margem à outra e o MacDonald sabia que estaria em vantagem e foi devagarinho para não se cansar muito no início mas realmente nunca mais viu o MacLeod e eventualmente quando o viu já estava em desvantagem. O MacDonald comecou a esforçar-se à grande e eventualmente conseguiu ganhar.

Eventualmente numa disputa com prisioneiros de ambos os lados, decidiram fazer tréguas e celebraram a paz no castelo de Dunvegan e até agora continuam em paz!

Lendas

Pelo que pude entender, a Escócia arranja lendas e histórias para tudo! Mas são sempre muito giras com detalhes específicos e tudo, pelo menos foi assim que ouvi e achei adorável.

A lenda da Fairy Flag

Não relacionado com as disputas com o clã anterior, a Fairy Flag (Bandeira da Fada) é uma herança dos chefes do clã MacLeods. Tem 46cm2 de tamanho, é amarela ou castanha e é feita de seda, já se encontra bastante deteorada mas tem imensas histórias associadas e relacionadas com fadas. Gostei imenso de ouvir esta lenda e vou partilhá-la.

Dunvegan Cup, Fairy Flag, Rory Mor`s Horn
Créditos da imagem: "Dunvegan Cup, Fairy Flag, Rory Mor`s Horn (photo, sometime before 1927)" by Roderick Charles MacLeod (1852-1934). - The Macleods of Dunvegan from the time of Leod to the End of the Seventeenth Century, by Roderick Charles MacLeod, published in Edinburgh, in the year 1927.. Licensed under Public domain via Wikimedia Commons.

Houve uma altura que um chefe do clã se apaixonou por uma fada quando foi dar um passeio e quando voltou ao clã, comecou a afastar-se das tarefas do clã. Os membros do clã repararam na diferença do chefe e perguntaram-lhe o que se passava. Ele contou-lhes que se tinha apaixonado por uma fada e todos quiseram conhecê-la! Quando ela visitou o clã, foi uma festa e todos gostaram dela. Eles queriam casar-se mas o pai da fada não permitia que ela se casasse com um mortal. O casal gostava muito um do outro e insistiram com o pai dela, ao que respondeu que poderiam casar-se mas apenas com uma condição, seria apenas um hand-fasting (o tal período experimental de um ano) e depois disso, ela retornaria ao reino das fadas sem levar nada com ela. Aceitaram o acordo, era o melhor que tinham para estarem juntos. Entretanto, durante esse período, tiveram um bebé e mais uns meses o tempo chegou ao fim. Despediram-se, muito tristes, na ponte que separava os dois mundos mas ela ainda pediu ao marido que não deixasse o bebé sozinho porque se chorasse, por muito baixinho que fosse, ela iria ouvi-lo e isso a destroçaria e teria de ver se o bebé estaria bem mas poderia ser punida por desobedecer às regras.

Com a partida da fada, os tempos no clã ficaram muito cinzentos, com o chefe muito deprimido. Os membros do clã, que com o passar do tempo, já não se lembravam como era terem uma festa no clã e festejarem e rirem-se, organizaram uma festa para o chefe com tudo o que era devido numa grande festa, muita alegria, música e dança! O chefe comecou a divertir-se e a gostar muito. O bebé ficou no andar de cima com uma ama mas, mesmo a ama, já não via tanta diversão há tanto tempo que se afastou por poucos minutos do quarto só para espreitar um pouco toda aquela festa! Naquele pequeno momento, uma pequena corrente de ar afastou os lençois do bebé e ele comecou a chorar, muito muito baixinho. A fada aparece e tapa-o com um cobertor do reino das fadas, conforta-o e canta-lhe uma canção. O bebé parou de chorar e quando a ama volta ao quarto, apesar de não ter visto ninguém no quarto, parece-lhe que ouviu o final de uma canção de embalar. Desceu para avisar o chefe do clã dos acontecimentos e ele soube logo o que tinha acontecido. O cobertor passou de geração em geração como a Fairy Flag em como daria sorte ao clã e que se o clã estivesse em apuros poderiam agitar até três vezes o cobertor para tudo correr bem. Acho que até aos dias de hoje, agitaram já duas vezes a bandeira!

A lenda das cinco irmãs de Kintail

As cinco irmãs de Kintal são 5 montanhas distintas, cada uma com o seu nome (Sgùrr na Ciste Duibhe, Sgùrr na Càrnach, Sgùrr Fhuaran, Sgùrr nan Spàinteach e Sgùrr nan Saighead). É um marco bem conhecido e popular para práticas de montanhismo.

Five Sisters of Kintail "Five Sisters of Kintail" by Leehein. Licensed under CC BY-SA 3.0 via Wikimedia Commons.

O Jamie, durante a viagem, contou-nos uma das lendas associadas a estas montanhas, também não é curta mas é muito gira. Encontrei uma muito resumida mesmo mas não é exactamente como ouvi e por isso vou contar da maneira que conheci!

Esta lenda conta a história de um rei com 6 filhas. Nessa altura, a regra era as filhas se casarem por ordem de idade, da mais velha para a mais nova.

Num dia de tempestade mas de grande festa na casa que o rei organizou para as filhas encontrarem maridos; a filha mais nova saiu para apanhar um pouco de ar. Andou até perto da beira-mar e encontrou um homem naufragado, levou-o para casa e tratou dele. Eventualmente, com o passar dos dias e semanas, o homem melhorou e era um principe da Irlanda que devia voltar para casa. Eles gostavam muito um do outro e ele pediu a mão dela em casamento mas o pai da menina não deixava porque, apesar de gostar dele, as restantes filhas ainda não estavam casadas!

O principe e o rei tiveram uma longa conversa. O príncipe disse-lhe que tinha 5 irmãos mais velhos que iriam adorar conhecer as filhas dele mas que se não levasse a mais nova com ele, os irmãos não iriam acreditar e não viriam.
Enquanto conversavam, iam bebedo mas o príncipe bebia menos do que o rei e o rei continuava a dizer que não se podiam casar mas eventualmente, o principio insistiu: "Se me permitir casar com a sua filha hoje, eu levo-a comigo para a Irlanda para conhecer os meus irmãos e voltamos passado poucos meses com eles para se casarem com as suas filhas!" O rei, bêbado, concordou... Eles casaram-se e foram-se embora.

Entretanto, com o passar do tempo, as restantes filhas do rei estavam muito entusiasmadas por conhecerem os 5 príncipes da Irlanda e foram esperar por eles à beira-mar para quando eles chegassem. Esperaram e o tempo continuava a passar mas eles podiam ter apanhado mau tempo pelo caminho e não queriam sair dali para quando chegassem, as vissem à sua espera.

O rei tinha de se ausentar por dois meses para uns assuntos importantes mas estava preocupado com as filhas e pediu ao feiticeiro local para fazer qualquer coisa para as manter assim alegres, com a cabeça nas nuvens, entusiasmadas para quando os príncipes chegassem mas com os pés na terra, pois não saiam dali. Foi-se embora e quando voltou passado umas semanas, procurou pelas filhas e não as encontrou. Perguntou ao feiticeiro "Onde estão as minhas filhas?" E o feiticeiro respondeu: "O senhor queria que elas continuassem com a cabeça nas nuvens mas os pés na terra até os príncipes voltarem e foi isso que fiz!"... As filhas foram transformadas nas cinco irmãs de Kintail, até os príncipes da Irlanda chegarem...

Highland Games

A Escócia é popular pelos seus eventos anuais, composto por jogos de força, muita música e dança! São os chamados Highland Games (jogos nas terras altas)!

Não se sabe ao certo, como poderão ter começado estes jogos mas a Escócia sempre teve guerras constantes. Se não estavam a lutar com estrangeiros, lutavam entre os clãs, e por isso, os homens tinham de estar em forma e preparados para as batalhas. Poderá ter sido essa uma das razões para a origem destas competições e testarem as forças uns contra os outros e descobrirem os melhores entre os clãs. Mais na wikipedia em inglês.

Lançamento do tronco de pinheiro
Lançamento do tronco de pinheiro - "Caber 2". Licensed under CC BY 2.5 via Wikimedia Commons.

Existe o filme Made of Honor (comédia romântica), com o Patrick Dempsey que ele vai à Escócia e joga neste evento.

Música

Vamos parar com as historias (por agora). Ao longo das localidades e fotografias, deixarei mais algumas histórias interessantes mas já não serão tantas.

No autocarro, de vez em quando ouviamos música escocesa, muito bonita e muitas vezes animada! Reconheci duas artistas que me animou muito! Ouvimos Amy Macdonald (youtube: vídeo This is the life) e KT Tunstall que gosto muito! (youtube: KT Tunstall - Suddenly I See).

No entanto, a música que deixo incorporada no post foi uma música que fez muito sucesso e tornou-se uma espécie de hino por estes lados. Chama-se Caledonia e é uma palavra em latim que significa Escócia! Foi escrita por Dougie MacLean em 1977.

A minha sugestão é iniciarem a música e continuarem a ler o texto, num espírito mais escocês ;)

Dia 1 da tour

No primeiro dia da tour, tomei o pequeno almoço no Haggis Hostel, saí e comecei uma busca pela procura do ponto de encontro da Rabbie Tours... lá andei perdida novamente. Devia ter impresso partes do mapa como fiz o ano passado na viagem à Irlanda. Tenho a mania que é tudo na boa e lá me desenrasco mas se já sou má com direcções quanto mais encontrar sitios sem ter ideia de onde ficam :P
Tanto no dia anterior como neste, estive mesmo perto da rua-objectivo e virei sempre no sentido contrário. Desta vez, estava quase a chegar (mas não sabia) mas como era do outro lado e é uma zona bem larga e se tem de esperar vários minutos que o sinal para peões abra, virei para a esquerda e fui ao centro comercial para pedir indicações mas estava tudo fechado ainda e decidi voltar para trás e perguntar noutro lado... ao que um segurança me indicou que seria novamente onde teria estado. Andei na rua certa onde tem as várias paragens dos autocarros de excursões mas não encontrava o número 6 porque era desse lado das paragens, mesmo no início, e eu andava no lado das lojas e já tinha passado. Entrei num hotel e a senhora disse-me onde era e finalmente, dei com o office. Por lá, dão indicação da paragem e o nome do guia/condutor. Por isso... toca a voltar para a rua das paragens, e era a última! Mesmo assim, consegui chegar a tempo e ainda faltavam duas pessoas.

O condutor era o Jamie e o nosso autocarro era composto por 5 raparigas da Tailândia, 2 da China (uma rapariga e a sua mãe), um casal de Hong Kong, outro de Israel, 3 raparigas do Canadá (duas raparigas e a mãe), uma da Austrália e eu de Portugal!

Andei o dia todo um pouco dorida da constipação. A viagem até à Ilha de Skye foi grandita mas fizemos paragens em alguns sitios bonitos para descansar e para almoçar, para além das várias vezes que adormeci e o Jamie contou muitas histórias giras da Escócia, quer sejam factos ou ficção, especialmente as que têm a ver com as faeries! Eles acreditam muito nisso por lá! Mas aqui ficam mais detalhes e fotografias.

Agora a tour propriamente dita, as paragens que fizemos e as várias fotos que tirei!

Callander e Loch Lubnaig

A primeira paragem foi numa pequena cidade chamada Callander, por vezes denominada como Gateway to the Highlands pois é um ponto entre a zona das Highlands e das Lowlands. Nessa altura estava um dia agradável e solarengo mas fresco, especialmente quando ficava mais ventoso! Esta primeira paragem foi para o pessoal tomar o pequeno-almoço ou esticar as pernas mas eu dirigi-me logo ao lago para contemplar estas vistas tão bonitas e ver os patinhos. Depois de um pequeno passeio por essa parte fui à rua das lojinhas e entrei numa de souvenirs e comprei os Scottish Butter Fudge, que não sabia como eram e quando abri pareciam os caramelos que temos em Portugal que se colam todos à boca e aos dentes, só que esses eram suaves e não se colavam (ao menos isso). Deu para me ir entretendo quando precisava de adoçar a boca mas se soubesse o que era inicialmente não teria comprado.

Callander - primeira foto da tour patinhos 2

Callander

patinhos patinhos 3 Callander cisne Callander espécie de gaivota (?) fishy fishy Callander Fishery Callander Callander - where highlands meets lowlands Callander - celtic and french connections Callander stores Callander stores

Perto de Callander, parámos, de seguida, num bonito lago, o Loch Lubnaig com 5kms de comprimento e 44,5 metros de profundidade.

Loch Lubnaig Loch Lubnaig

Loch Lubnaig Loch Lubnaig Rabbies Tours @ Loch Lubnaig Loch Lubnaig

Fotos pelo caminho:

bridge loch

Glencoe

Paragem em Glencoe, que tem umas montanhas grandes e é um local bastante popular para montanhistas. A casa do Hagrid, do Harry Potter foi filmada aqui. No percurso até Glencoe, ouvimos a história sobre o Massacre de Glencoe. Bem, eu não ouvi grande coisa, devo ter adormecido mas em baixo deixo uma citação do que realmente aconteceu e foi a parte que entendi que tinha sido mesmo muito mau, em que deram guarida a várias pessoas do clan MacDonalds, fizeram-se amigos e depois mataram-nos!

(...) although the killing took place all over the glen as fleeing MacDonalds were pursued. Thirty-eight MacDonalds from the Clan MacDonald of Glencoe were killed by the guests who had accepted their hospitality, on the grounds that the MacDonalds had not been prompt in pledging allegiance to the new monarchs, William and Mary. Another forty women and children died of exposure after their homes were burned.

Massacre of Glencoe

Glencoe

Glencoe Glencoe - Rabbies Tour Glencoe cave littles houses near the mountains

O Robin Hood escocês

Por esta altura, o Jamie contou-nos sobre Rob Roy Macgregor, denominado também como o Scottish Robin Hood, que roubava o gado aos outros donos (sem eles saberem quem tinha sido) e depois ia ter com eles a dizer-lhes que protegeria o gado deles em troca de pagamento. E foi aí que surgiu a palavra blackmail (chantagem) pois os agricultores pagavam as rendas ou mail aos senhorios na forma de white mail que seriam as moedas de prata ou por black mail em forma de gado ou mercadorias mas a palavra black mail comecou a ser vista de forma negativa porque começaram a extorquir os agricultores a pagarem muito mais em mercadorias do que pagariam em moedas.

Nessa época, no século XVI, a esperança média de vida dos homens era de 31 anos e a das mulheres de 29 anos. Rob Roy tinha 69 anos de idade e ainda era "convidado" para duelos!

Existe também um filme que retrata este homem, caracterizada pelo Liam Neeson e chama-se... Rob Roy! :p

Almoço em Fort William

Fort William, situando-se perto de Ben Nevis (o ponto mais alto do Reino Unido) e é um centro turístico para caminhadas e escaladas.

Fort William

menu from the Highlands

Haggies, neeps and tatties inside restaurant @ Fort William view from restaurant @ Fort William

The Commando Memorial

Fizemo-nos ao caminho e mais à frente, com vista para as montanhas Ben Nevis e Aonach Mòr este é um memorial das Forças de Comando Inglesas da Segunda Guerra Mundial constituído por uma estátua de bronze com três comandos.

The Commando Memorial

The Commando Memorial

The Commando Memorial The Commando Memorial

Passámos pela zona que tem montes de pedrinhas em cima de outras pedrinhas para dar boa sorte às faeries (já referido mais acima).

Faery stones

road near Faery stones Rabbies tours @ Faery stones

Vista para o Castelo de Eilean Donan

Iriamos visitar o castelo de Eilean Donan no último dia da tour mas desta vez parámos num sitio com vista para o castelo só para esticar as pernas.

view to Eilean Donan Castle view to Eilean Donan Castle P9080122

somewhere on the road view to Eilean Donan Castle scotish seagul! P9080123

Loch Alsh

O Loch Alsh é o que se encontra com a Ilha de Skye, esta seria a nossa última paragem e depois atravessariamos a ponte para a ilha!

Loch Alsh - almost before entering Isle of Skye Loch Alsh - almost before entering Isle of Skye Loch Alsh - almost before entering Isle of Skye Daisy @ Loch Alsh - almost before entering Isle of Skye scotish spider!

Loch Alsh - almost before entering Isle of Skye Loch Alsh - almost before entering Isle of Skye Loch Alsh viewpoint crossing bridge to Isle of Skye

Chegada a Skye

Primeiras fotos na Ilha de Skye.

Isle of Skye! Feochan B&B bedroom view

Dirigimo-nos para a cidade Portree onde o Jamie deixou cada pessoa ou grupo no seu alojamento, onde ficariamos por duas noites.
Ainda não era hora de jantar (mas não faltava muito) e depois poderiamos ir explorar a cidade e jantar por lá.

Alojamento em Portree

Fiquei instalada no Feochan, era o mais distante, a 15 minutos a pé da cidade apesar de ser sempre pela mesma estrada e ser sempre a direito e não haver ondas de crime ou insegurança por ali mas assim que entrei no quarto foi um alivio e acho que a febre estava mesmo só á espera que eu chegasse a um quarto e a uma cama pois fiquei logo pior e com frio.
Não iria sair nessa noite ou pioraria e os bed and breakfasts costumam ter bolachinhas e cházinho e foi isso mesmo que aproveitei, enfrasquei-me em chá e comi todas as bolachas que lá haviam (também não são muitas, são pacotinhos pequenos de bolachitas diferentes) e dormi bué da horas e suei e acordei de madrugada mas... fiquei boa! Foi o suficiente e o dia de manhã comecei a sentir-me melhor e depois andei sempre bué da fixe! lol

O meu single room tinha um aspecto muito limpo e todo renovado, gostei imenso! A responsável era muito simpática e havia livros no corredor para ler. O isolamento do quarto não era bom, ouvi a televisão e conversas indistintas do quarto ao lado (e foi bom que tivesse sido só isso que ouvi...).

Como cheguei a visitar a Jemma num alojamento mais ao lado, o Almondbank (não sei porque o alojamento tem nome de banco) reparei que tinham uma zona comum com sofás e achei isso preferível, pois o Feochan não tinha. Existia essa zona sim mas apenas estava aberta à hora do pequeno-almoço, de resto encontrava-se trancada e é um bocado chato, limitar-nos ao quarto, pelo menos sabendo que outro alojamento não fazia isso mas se não soubesse estaria mais satisfeita.

Deixo as fotos da vista do meu quarto que tirei na última manhã, antes do checkout (isto não fica propriamente cronológico mas, IMO, está organizado na mesma)

bedroom view @ Portree bedroom view @ Portree

O pequeno-almoço é muito bom. Preenchemos uma folhinha no quarto e deixamos num cesto do corredor para indicar quais são os quentes que queremos para a manhã seguinte mas, para além desses quentes que elas depois vão cozinhar quando chegarmos à salinha, existem mais coisas para se comer, bolachas com manteiga ou marmelada, leite, café e ainda trazem pão tostado se quisermos... é só fartazana... eu só queria que elas trouxessem os quentes e antes disso umas bolachinhas e ameixas, om nom nom. No dia seguinte já nem pedi o bacon e preferia ter menos ovos e menos panquecas, são um bocadinho exagerados nas quantidades... mas podia habituar-me a isto se realmente me quisesse dar ao trabalho de comer tanta coisa todos os dias de manhã e não quisesse almoçar...

Feochan breakfast

Dia 2 da tour

Dia para explorar mesmo a sério a Ilha de Skye! O dia anterior tinha sido porreiro, com vistas bonitas, muitas montanhas (imensas) e lagos mas o segundo dia é que ia ser belíssimo!

The Old Man of Storr

The Old Man of Storr é um monólito de 49m de altitude que foi criado a partir da erosão do planalto de basalto.

Foi recentemente filmado aqui, o filme Prometheus. Nunca vi o filme nem os outros do Alien mas com o nevoeiro que estava neste dia, também não me convence a vê-los! Creepy!

the cloud will unveil the Old Man of Storr (Prometheus filmed) The Old Man of Storr (Prometheus filmed) - creepy with this fog The Old Man of Storr (Prometheus filmed) - creepy with this fog

O nosso guia contou-nos uma história que achei muito gira e é o que contam na Escócia sobre estas montanhas com estas formas que têm. Vou contar da melhor forma que conseguir mas com toda a certeza o Jamie contou-a mesmo muito bem!

É a história de um rapaz e uma rapariga de clãs diferentes e que um dia se apaixonaram. Como era um amor proibido, entre clãs rivais, os jovens fugiam para estas rochas à sexta-feira e cantavam por lá as músicas que escreviam durante a semana quando estavam separados.
A certa altura, decidiram fugir para uma ilha para ficarem juntos e serem felizes! À medida que o tempo ia passando e eles iam envelhecendo, a mulher, em vez de cantar, comecou a chorar, porque iam morrer e tudo isso ia terminar...
Um dia, apareceu o Rei das Faeries nessa ilha e falou com eles, que aquelas sextas-feiras em que eles iam cantar para as rochas, eram quando as faeries mais felizes se sentiam com aquelas músicas. Então, o rei propôs-lhes imortalidade para que podessem voltar a cantar naquele sitio e eles assim aceitaram e foram transformados naquelas rochas do Old Man of Storr e foram para o reino das faeries.

Pelas minhas pesquisas não encontrei esta história mas li que a mais popular era um gigante, o old man of Storr, que foi enterrado nesta terra quando morreu mas o seu polegar ficou de fora! Há histórias muito engraçadas por aqui, gosto de ouvi-las! :)

An Caile

Não consegui grandes fontes sobre este local apenas um artigo sobre esta zona e a extração que se fazia aqui de uma espécie de argila cinzenta, chamada Diatomite. Este sitio onde parámos tem uma cascata e uma grande vista para o mar e para uma espécie de praia com areal preto e tem a parte da industria em ruínas.

Known to the locals as Caile (Gaelic for chalk), Diatomite is a clay-like floury grey substance, found in certain freshwater lochs and suppling many minerals used in the production of numerous products, ranging from beverages, sugars and cosmetics to chemicals, industrial oils and paint.

Stornoway Gazette - Skye Diatomite: a lost industry

Rabbies @ An Cailc Daisy @ An Cailc An Cailc #2 An Cailc #9 An Cailc #11 An Cailc #10

An Cailc #3 An Cailc #4 Rabbies Tours @ An Cailc An Cailc #8 An Cailc #12 An Cailc #13

Kilt Rock e vila de Staffin

Chegamos a Creag An Fheilidh ou Kilt Rock, mais uma linda cascata neste local de Staffin, que foi um nome dado pelos Vikings a esta área devido aos pilares que as formações nos penhascos fazem.

Creag An Fheilidh (Kilt Rock) #1 Creag An Fheilidh (Kilt Rock) #6 Daisy @ Creag An Fheilidh (Kilt Rock)

something @ Creag An Fheilidh (Kilt Rock) something @ Creag An Fheilidh (Kilt Rock) Creag An Fheilidh (Kilt Rock) #3 Creag An Fheilidh (Kilt Rock) #4 Creag An Fheilidh (Kilt Rock) #5 Creag An Fheilidh (Kilt Rock) #7 Creag An Fheilidh (Kilt Rock) #8 Creag An Fheilidh (Kilt Rock) #9

A vila de Staffin

Staffin Village bird @ Staffin Village Staffin Village bird conference @ Staffin Village

bird @ Staffin Village Staffin Village

Cuith-raing - Quiraing!

O sitio que mais adorei foi Cuith-raing e é fenomenal!

Se forem num autocarro maior, não conseguiriam subir até ao topo devido às graves curvas na pequena estrada mas como o da Rabbies é mais curto, chega lá sem problemas.

Após a subida pela única estrada que existe até ali, temos uma vista incrível sobre montanhas e lagos e tem percursos para caminhadas e escalada. Estava mais fresco e ventoso aqui mas a felicidade que senti neste sitio fez-me sentir muito bem mesmo. É daqueles sitios que daria para vir aqui estender uma toalha, deitar, ler um livro, ouvir a natureza, simplesmente descansar e admirar tudo o que está à volta.

Cuith-Raing #2 Cuith-Raing #8 Cuith-Raing #18 P9090318 Cuith-Raing #20 Daisy @ Cuith-Raing Cuith-Raing #13 Cuith-Raing #14

Cuith-Raing #1 Cuith-Raing #3 Cuith-Raing #4 Cuith-Raing #5 Cuith-Raing #6 Cuith-Raing #7 Cuith-Raing #9 Cuith-Raing #10 Cuith-Raing #11 Cuith-Raing #15 Cuith-Raing #16 Cuith-Raing #17 Cuith-Raing #19 Cuith-Raing #21 Cuith-Raing #22

A cordilheira Trotternish foi formada por grandes deslizamentos de terra. Quiraing é a única parte da cordilheira ainda em movimento e a estrada na base precisa de consertos todos os anos! (Traduzi da wikipedia)

E aqui fica um vídeo que gravei do local a 360º:

Cemitério Kilmuir

Existe uma grande lápide neste cemitério de uma senhora chamada Flora MacDonald que ajudou Bonnie Prince Charlies a fugir para ilha de Skye, tendo sido depois capturada e levada para Londres mas acabou por voltar mais tarde.
Bonnie (bonito) Prince Charles foi um pretendente ao trono da Inglaterra, da Escócia e Irlanda e liderou revoltas militares. Nessa altura andava a ser perseguido mas só mais tarde li como é que a Flora o realmente ajudou... o Charles mascarou-se e fez-se passar por criada dela! Algo muito engraçado é também o nome especialmente comprido do senhor: Carlos Eduardo Luís João Casimiro Silvestre Severino Maria Stuart. (fonte: Wikipedia)

Quanto à lápide de Alexander Mcqueen que aqui se encontra também, eu nem fazia ideia que esta pessoa do mundo da moda tinha falecido mas também não estou a par, apenas ouvi referências ao nome dele...

Kilmuir Graveyard Kilmuir Graveyard

Lee Alexander McQueen Grave - Kilmuir Graveyard P9090330 Commonwealth War Graves Kilmuir Graveyard Kilmuir Graveyard P9090335 Flora Macdonald - Kilmuir Graveyard Kilmuir Graveyard Kilmuir Graveyard P9090346 some island

Casas escocesas antigas

Perto do Cemitério Kilmuir passámos por umas casas antigas que eram as chamadas Blackhouse, construídas com paredes duplas de pedra seca e vigas de madeira cobertas com vários tipos de palha ou canas. Costumavam ter uma lareira no centro mas não tinham chaminé, o fumo saía através do telhado.

Old Scotish Houses

Old Scotish Houses Old Scotish Houses

Castelo de Dunvegan e focas!

Não fomos ao castelo privado do clã MacLeod em Dunvegan, que foi a fortaleza dos chefes deste clã durante 800 ou 900 anos! Mas fomos a um sitio onde o poderiamos vê-lo melhor sem pagar, eheh. E, nesse sítio, existiam muitas focas nas rochas no meio do lago! Que fofas, nunca tinha visto focas ao vivo! Estavam um pouco distantes mas o super zoom da minha máquina safou-nos, pois algumas pessoas da tour nem tinham se apercebido de onde estavam as focas!

Dunvegan Castle scotish seals! near Dunvegan scotish bird near Dunvegan

scotish seals! near Dunvegan Seals place near Dunvegan Daisy @ seals place near Dunvegan near seals place near Dunvegan near seals place near Dunvegan near Dunvegan

Neist point!

Quem quisesse poderia ter ido ao castelo Dunvegan enquanto o resto da tour iria à próxima paragem mas todos quisemos ir ao ponto mais oeste da ilha de Skye! E fiz eu muito bem com esta escolha.

Neist Point #13

O Neist point tem um farol bem longe, tem de se fazer um caminhada grandinha e cansativa, cerca de 45 minutos sempre a andar sem parar. O sitio onde paramos quando chegámos fica bem no topo e temos de descer para fazer o percurso e ver o farol de um dos cantos mas para ir mesmo para lá é preciso contornar pelo lado esquerdo essa montanha e depois subir mais. Dá para ir mesmo ao topo dessa montanha também. Eu e mais três meninas (australiana e canadianas) fomos até meio do percurso e depois fomos até à praia do lado esquerdo tudo. O problema é que o que aparentava ser um prado fofinho, era um sitio com relvas altas e buracos de lama mas foi uma experiência interessante e cuidadosa de percorrer! Onde nos fomos meter! Felizmente correu bem, só enfiei um dos ténis na lama e ninguém caiu ao chão (só uns pés em falso). Portanto, se soubessemos, não teriamos ido até aquela praia mas foi um passeio divertido e diferente.

Lighthouse view - Neist Point #2 Neist Point #4 Lighthouse view - Neist Point #9

Olhei várias vezes para a vista da fotografia que tirei em baixo. As fotos nunca captam tão bem o que os olhos estão a ver de momento e queria mesmo gravar este belo cenário. Adorei olhar para este sitio com o ventinho a passar.

Neist Point #9

As fotos da praia, ou do sítio onde parámos perto da praia:

P9090419Neist Point #10 Neist Point #11 Neist Point #12

A súbida enorme que tinhamos de fazer para voltar ao autocarro:

oh the climbing! - Neist Point #13

O super zoom da máquina fotográfica a bombar para ver o ponto mais alto do Neist Point, mais perto do farol (que estaria em baixo atrás dessa parte):

super zoom to the top - Neist Point #14

Neist Point #3 Neist Point #7 Neist Point #8 Neist Point #15 Daisy @ Neist Point

Portree

O dia da tour terminou novamente em Portree, antes da hora de jantar (ou já um pouco em cima). Ainda não tinha conhecido a cidade, por isso queria mesmo ir lá à noite. Eu e a Jemma combinámos fazer um piquenique, por isso, comprámos matimentos no supermercado e fomos para um banquinho no quintal do bed and breakfast dela jantar e olhar para a paisagem que tinhamos à nossa frente, que era linda mas infelizmente não consegui aproveitar tão bem pois àquela hora o local estava cheio de midges, que são uma espécie de melga mas mais pequena e, aparentemente não ouvi nenhum barulho irritante e só nos quer morder e andei a enxutá-las com o meu cachecol o tempo todo que ali estivemos. Acho que não fui picada, pelo menos não vi nem senti mordidelas nem tive nenhuma reacção alérgica.

Voltámos ao centro da cidade para ir ao The Isles Inn, o sitio onde almoçámos nesse dia mas desta vez só queriamos ir ver uma banda a tocar. Ainda passámos por um sapo no caminho, que engraçado! E ouvimos uma espécie de banda filarmónica com gaitas de foles a tocar na rua ao ar livre. Gravei um pequeno vídeo mas não estava perto.

scotish frog! band playing in Portree The Isles Inn (for lunch) - Portree

Depois fomos para o pub, ainda faltava para a hora da pequena banda que ia tocar mas já estava cheio sem lugares sentados e depois encheu mais e mal viamos os músicos. Bebemos umas pints (bem, eu só bebi uma half pint, eheh) e demos uma espreitadela lá mesmo em frente e depois viemos embora. *slàinte agad-sa!* (saúde em gaélico, pelo menos foi o mais parecido com o que escrevi no bloquinho depois da dica do guia... o que escrevi foi slandjévan mas não há aqui nada parecido... lol). Era uma banda porreirinha mas não achei assim nada de mais, achei que faltavam mais instrumentos locais.

Ceilidh Band @ The Isles Inn pub

Fizemos o caminho de volta até ao bed and breakfast dela, que seria relativamente antes do meu, e, desta vez, já não tinhamos midges no banquinho mas sim uma full moon bem grande no céu e as montanhas imponentes com o lago, que linda paisagem! A minha máquina fotográfica não iria capturar metade do belo que tinha diante de mim mas lá tentei uns disparos. Ficámos a conversar ainda bastante tempo e depois, 5 minutinhos a pé pela noite tão pacífica e estava no meu quarto.

super moon @ Portree moonlight @ Portree Talking with Jemma through the night in this scenario - moonlight @ Portree Talking with Jemma through the night in this scenario

Dia 3 da tour

Toca a acordar para mais um dia e uma longa viagem!

bedroom view of sunrise @ Portree bedroom view of sunrise @ Portree

The Cuillin!

Depois do pequeno-almoço e de todos estarem reunidos no autocarro a paragem foi no Cuillin ou também conhecido como Black Cuillin que são várias montanhas. O ponto mais alto está a 992m de altitude.

The Cuillin #1 The Cuillin #3 The Cuillin #4 The Cuillin #7 The Cuillin #14

The Cuillin information Climbing Cuillin information Collie & Mackenzie - Cuillin information The Cuillin #2 The Cuillin #5 The Cuillin #6 Daisy @ The Cuillin The Cuillin #8 The Cuillin #9 The Cuillin #10 The Cuillin #11 The Cuillin #13 The Cuillin #15 The Cuillin #16 loch loch

Mais pedrinhas em cima de outras pedras para as faeries:

The Cuillin #13 The Cuillin #18

Gravei um vídeo nesta zona também:

Castelo Eilean Donan

Voltámos ao Castelo mas desta vez fomos mesmo lá dentro e este tempinho estava muito mais solarengo e agradável do que no primeiro dia, que bom! No interior do castelo é que não é permitido tirar fotografias mas achei o espaço acolhedor, vários quartos mas todos mais modestos que os exagerados em Portugal e a cozinha estava muito fixe com as simulações de comidas e doces, bem engraçado!

Eilean Donan Castle #1 Eilean Donan Castle #7 Eilean Donan Castle #8

Eilean Donan Castle #2 Eilean Donan Castle #3 Eilean Donan Castle #4 Eilean Donan Castle #5 Eilean Donan Castle #6 Eilean Donan Castle #9 Eilean Donan Castle #10 Eilean Donan Castle #11

Fort Augustus - Loch Ness

Parámos em Fort Augustus que se situa a sudoeste do Loch Ness. Almoçámos em mais um piquenique com o que tinhamos do dia anterior e com mais umas coisinhas de uma mercearia local. Mais umas meninas fizeram o mesmo. Eu tenho uma pontaria nas tours, já na Irlanda era uma portuguesa (eu), uma australiana e uma canadiana ou duas americanas quando nos juntavamos; desta vez era uma portuguesa (eu), uma australiana e duas ou três canadianas (quando a mãe se juntava), eheh, é engraçado.
Anyway, a comida escocesa, nos restaurantes, é mesmo bem servida e pesada, pelo qual o pessoal precisava de comer umas coisas mais leves (e também ficava mais barato).

Fort Augustus - Loch Ness #1

Depois de almoço, as meninas foram tomar café mas não tinhamos muito tempo até nos irmos embora, então fui passear pela vila e até a um pontão para aproveitar mais aquela vila e o bom tempo que este dia nos presentiou.

Fort Augustus - Loch Ness #3 Fort Augustus - Loch Ness #5 Fort Augustus - Loch Ness #11 Fort Augustus - Loch Ness #12 Fort Augustus - Loch Ness #14

Fort Augustus - Loch Ness #4 Fort Augustus - Loch Ness #6 Fort Augustus - Loch Ness #7 Fort Augustus - Loch Ness #8 Fort Augustus - Loch Ness #9 Fort Augustus - Loch Ness #10 Fort Augustus - Loch Ness #13 Fort Augustus - Loch Ness #15 Fort Augustus - Loch Ness #16 Fort Augustus - Loch Ness #17 Fort Augustus - Loch Ness #18 Fort Augustus - Loch Ness #19

Fort Augustus tem uma eclusa que permite os barcos subirem e descerem o canal Caledonian devido aos desníveis que tem.

Fort Augustus - Loch Ness #2

O Loch Ness é o segundo lago mais largo da Escócia mas devido à sua grande profundidade, é o maior em volume.
Contém mais água doce que todos os lagos da Inglaterra e o País de Gales juntos!

O lago é muito popular pelas alegadas vistas ao Nessie, alcunha carinhosa para o Monstro do Loch Ness, um criptido cuja especulação mais comum é que seria um plesiossauro.

Vou citar a wikipedia que tem um texto muito parecido ao que ouvi por lá:

Cientistas dizem que um Plesiossauro nunca levantaria o pescoço acima da água, como o monstro supostamente faz. Além disso, o plesiossauro era adaptado ao calor, e não às temperaturas absurdamente baixas do Lago Ness. Baseando-se nisso, um grupo de cientistas criaram uma teoria que diz que o monstro é, um dinossauro parente do plesiossauro, que além de nunca ter sido documentado, possuía uma estrutura óssea diferente de seu suposto primo e o corpo adaptado a condições climáticas diferentes, que vivia no Oceano Ártico ou Atlântico. Assim, um grupo dessas criaturas entrou pelo Rio Ness (uma das únicas ligações do lago com o mar) e depois de certo tempo o rio ficou muito raso, e as criaturas não puderam sair, graças ao alimento farto de salmões, enguias e trutas as criaturas se adaptaram à vida no lago. [carece de fontes] Então, "Nessie" provavelmente seria da superordem Sauropterygia. (...)

Em Julho de 2003, uma equipe da BBC realizou uma investigação exaustiva na zona, com o fim de determinar de vez a existência ou não do monstro. O lago foi percorrido de uma ponta à outra por mergulhadores e cerca de 600 sonares sem qualquer resultado. A BBC concluiu que o monstro não existe mas nem isto desalentou os defensores de Nessie.

Grande parte da dificuldade em encontrar ou provar a ausência da criatura é devida à peculiaridade geológica do próprio lago. Ele tem forma estreita, profunda e alongada, com cerca de 37 quilómetros de comprimento, 1,6 quilómetros de largura e uma profundidade máxima de 226 metros. A visibilidade da água é extremamente reduzida devido ao teor de turfa dos solos circundantes, que é trazida para o lago através das redes de drenagem. Pensa-se que o lago Ness tenha sido modelado pelos glaciares da última era glacial. Além disso, a visibilidade na superfície costuma ser má, o que explica a má qualidade das fotos e a suspeita de que os registos visuais sejam apenas pareidolia. Na Escócia, a média dos últimos 30 anos é de apenas 48 dias de sol por ano.

wikipedia - Monstro do lago Ness

Consigo acreditar mais no Monstro do Loch Ness, devido às grandes formações geológicas no lago, onde poderão haver tuneis e grutas, do que nas faeries... apesar de ser um assunto que acho muito bonito e vários dos livros, do tipo fantástico, que leio terem referências a elas.

The Well of Seven Heads e o Loch Oich

The Well of Seven Heads é um monumento, situado perto do Loch Oich e é composto por uma coluna com a escultura de uma mão a segurar um grande punhal e à sua volta estão 7 cabeças cortadas.

The Well of Seven Heads - Loch Oich, south of Invergarry #1

Por baixo, à volta do monumento, em cada um dos lados, a história escrita em 4 idiomas: gaélico, francês, latim e inglês.

The Well of Seven Heads - Loch Oich, south of Invergarry #2

A inscrição diz:

As a memorial of the ample and summary Vengeance which in the swift course of feudal justice, inflicted by the orders of the Lord McDonnell and Aross, overtook the perpetrators of the foul murder of the Keppoch family, a branch of the powerful and illustrious clan, of which His Lordship was the chief. This monument is erected by Colonel McDonnell of Glengarry XVII. MacMhicAlaister his successor and representative in the year of our Lord 1812. The heads of the seven murderers were presented at the feet of the noble chief in Glengarry Castle, after having been washed in this spring: and ever since that event, which took place early in the sixteenth century, it has been known by the name of "Tobar-nan-Ceann", or the Well of the Seven Heads.

The Well of Seven Heads

Em 1663, Alexander MacDonald (chefe de Keppoch) e o seu irmão Ranald, foram mortos à facada e não foram vingados.
Dois anos mais tarde, o Concelho Privado em Edinburgh emitiu cartas contra os assassinos. Lom, um membro da família Keppoch, com a ajuda dos MacDonalds de Sleat mataram e decapitaram os 7 assassinos.
Lom ia a caminho do castelo de Invergarry, apresentar as cabeças ao clan MacDonald de Glengarry e parou numa fonte para lavar as cabeças e torná-las mais apresentáveis. Foi a partir daí que essa fonte passou a chamar-se Tobar nan Ceann (em gaélico), Well of the Heads em inglês ou em português, poço das cabeças.

O Loch Oich tem uma variada vida selvagem de peixes, anfíbios, repteis, pássaros e mamiferos. No Outuno os salmões migram do mar usando os lagos como locais de desova.
Dois anos mais tarde, quando os jovens salmões alcançam os 20cm de comprimento migram de volta ao mar onde crescem raipdamente e chegam a pesar de 3,5 a 17 kgs! (Traduzido da wikipedia em inglês)

Loch Oich, south of Invergarry #6 Loch Oich, south of Invergarry #7

Loch Oich, south of Invergarry #3 Loch Oich, south of Invergarry #4 Loch Oich, south of Invergarry #5 Loch Oich, south of Invergarry #8 Loch Oich, south of Invergarry #9 Daisy @ Loch Oich, south of Invergarry Rabbies tour @ Loch Oich, south of Invergarry #10 Loch Oich, south of Invergarry #11 Loch Oich, south of Invergarry #12 Loch Oich, south of Invergarry #13

Whisky

Fizemos uma paragem numa localidade, que não sei o nome, para visitar uma loja de souvenirs e experimentar Whisky! Eu experimentei... já tinha experimentado antes e continua a saber o mesmo, é super forte e parece que é só alcool, fiz uma grande careta na loja até uma das canadianas ter apontado para uma mesa mais ao lado e comentar "Aquele é mais doce!" (em inglês), ao que se intitulava algo como honey brew, experimentei e fiz uma cara de alivio, bem bom e docinho!

Deixo citação da wikipedia sobre o whisky escocês:

Uísque escocês (muitas vezes referenciado como "Scotch" ou "Whisky escocês") é um uísque de malte feito na Escócia. Foi originalmente produzido a partir do malte de cevada, porém no século XVIII, destilarias começaram a comercializá-los em que sejam feitos de trigo e centeio.

O uísque escocês divide-se em cinco categorias distintas: single malt, single grain, blended malt (inicialmente chamado vatted malt ou pure malt), blended e blended grain. Todos os uísques escoceses precisam sofrer maturação (envelhecimento) em barris de carvalho por pelo menos três anos. Qualquer informação de idade em uma garrafa de uísque, expressada de forma numérica, precisa refletir a idade do uísque mais novo usado para produzir aquele produto. Um uísque com a informação de sua idade é conhecido como "guaranteed-age" (idade garantida).

wikipedia - Uísque escocês

Segundo o nosso guia, naqueles tempos, a água estava contaminada e matava as pessoas, então mesmo as crianças a partir do primeiro ano de idade começavam a beber whisky! Em gaélico, o alcool destilado é uisge beatha que significa água da vida (water of life).

Johnnie Walker é uma conhecida marca de whiskies e na altura do John Walker os whiskies apenas representavam 8% da faturação da empresa. Os ingleses gostavam de bebidas mais doces, tipo brandies, então a marca começou a misturar whiskies e sob o comando de Alexander Walker passaram a faturar 90% e 95% de whisky!

Até 1860 era considerada ilegal a venda de blended whisky. Neste período John Walker vendeu um grande número de garrafas de seu Walker’s Kilmarnock. Em 1865 Alexander produziu seu primeiro uísque misturado, o Walker’s Old Highland.

Alexander Walker criou a tradicional garrafa quadrada, que acompanha a marca até hoje, em 1870, possibilitando o armazenamento de um maior número de garrafas em um menor espaço físico. Outra característica padrão das garrafas de Johnny Walker é a marca, que é selada na garrafa em um ângulo de 24 graus.

wikipedia - Johnnie Walker

Ouvimos no autocarro uma música relacionada com este tema, em que um gajo com problemas amorosos tem uma relação com o seu whisky e chama-lhe Nancy Whisky, lol. Existem muitas versões no youtube mas vou colocar a que penso que ouvimos:

E esta versão que está muito animada e está mais ao meu gosto :D

Pitlochry

Fizemos mais uma paragem em Pitlochry, demos um curto passeio pela cidade mas depois quisemos ir ver onde seria o lago para ver o percurso dos salmões mas não demos com o sitio e com a escassez de tempo, voltámos para trás. A cidade era agradável... lol

É conhecida por ser um centro para hikings, já que está cercada pelas montanhas Ben Vrackie e Schiehallion.

Fim da tour mas não da viagem

Ao aproximar-nos de Edinburgh, passamos por uma ponte semelhante à nossa 25 de Abril mas encontra-se uma ponte do lado direito a ser construída para que possam passar o trânsito para lá e ajustarem os cabos, ou lá o que for preciso de ajudar, pois esta ponte tem muitos solavancos e precisa de manutenção. A Ponte 25 de Abril também tem uns solavancos, não sei se será a mesma situação.

ponte parecida à 25 de abril que será fechada, depois da nova ser concluída, para ajustarem os cabos

Do lado esquerdo podemos ver a Forth Bridge que tem mais de 2,5km de comprimento e é considerada a segunda maior ponte ferroviária, a seguir a uma ponte no Canadá.

Forth bridge

Despedimo-nos e assim terminou uma tour tão cheia de informação e paisagens belas. Adorei :D

Edinburgh

Calton Hill!

Não estava informada da existência de Calton Hill mas quando a tour estava a terminar, o Jamie sugeriu ao pessoal, que quem ficasse mais tempo por Edinburgh tinha ali perto da Waterloo place (onde se encontra a Rabbies Trail Burners) o Calton Hill, umas das 7 colinas de Edinburgh como referi no início e eu assim fiz! Depois da tour não vi mais ninguém a ir (poderão ter ido noutro dia) mas foi uma boa escolha que fiz, para aproveitar os últimos raios de sol! Seriam os últimos que iria ter em Edinburgh... eu pensava o contrário e que o dia seguinte ainda iria ter tão bom tempo... NOT.

Depois de várias escadinhas para subir até Calton Hill, temos uma vista para vários monumentos em cima do que parece um parque, em que se pode correr e fazer piqueniques ou só nos estendermos na relva e descansar ou, como vi, sentarem-se em certos edifícios em ruínas e just chill out.

Calton Hill, Edinburgh #1

Calton Hill, Edinburgh #2

Antes de avançar, virei à esquerda para fazer o percurso à volta da colina. Tive um vislumbre da cidade de Edinburgh!

Calton Hill, Edinburgh #6 Calton Hill, Edinburgh #12

Calton Hill, Edinburgh #7 Calton Hill, Edinburgh #8 Calton Hill, Edinburgh #9 Calton Hill, Edinburgh #10 Calton Hill, Edinburgh #13

Um sitio assim cheio de monumentos e no meio da natureza, no meio da cidade, foi mesmo uma grande surpresa!

Calton Hill, Edinburgh #17 Calton Hill, Edinburgh #19

Calton Hill, Edinburgh #4 Calton Hill, Edinburgh #5 Calton Hill, Edinburgh #14 Calton Hill, Edinburgh #15 Calton Hill, Edinburgh #16 Calton Hill, Edinburgh #18 Calton Hill, Edinburgh #20 Calton Hill, Edinburgh #21 Calton Hill, Edinburgh #23 Calton Hill, Edinburgh #24 Calton Hill, Edinburgh #27

Quando ia-me embora, depois de já ter passado e fotografado um canhão, reparei num dos placares, que o canhão era português! Lá voltei atrás, pelo outro lado do canhão para ler o que mais dizia! Foi um canhão que se fartou de passear.

Calton Hill, Edinburgh #22 Portuguese Cannon - Calton Hill, Edinburgh #26

Portuguese Cannon - Calton Hill, Edinburgh #25

Centro da cidade

Apanhei umas bonitas ou pelo menos mais coloridas, fotografias de Edinburgh nesse dia ainda solarengo, só enquanto fazia o caminho até ao hostel para descansar.

Edinburgh #3 Edinburgh #6

Edinburgh #1 Edinburgh #2 Edinburgh #5

Aquela zona central de Edinburgh fez-me lembrar Londres. Gosto dos edificios todos da mesma cor e mais antigos.

No dia seguinte, tempo super nublado e bem fresco novamente... felizmente nunca cheguei a apanhar chuva em toda a minha viagem, eheh.

Autocarro City Sightseeing Edinburgh

Fui andar no autocarro City Sightseeing Edinburgh. Não saí em nenhuma paragem (é possível sair e apanhar noutra ou na mesma paragem mais tarde, por isso, diz que é Hop on - hop off), apenas queria ver um overall da cidade e o que diziam sobre os vários sitios (tem o audio guide em muitos idiomas).

Também não comecou muito bem para chegar lá, porque normalmente o início é na Waverley Bridge, que sabia onde era, e quando lá cheguei não encontrava nenhuma indicação e perguntei num posto de turismo lá ao lado e disseram-me que por agora, temporariamente, era em Saint Andrews, devido a obras na ponte. Estive lá perto, no primeiro dia, a jantar num banquinho mas nem sabia que nome tinha aquela zona. Depois de algumas voltas dei com o sítio. Não apanhei o das 9:00 como queria mas há de 20 em 20 minutos ou até 30 e demorou um bocado mas lá apanhei outro.

Percurso City Sightseeing Edinburgh
Percurso do autocarro City Sightseeing Edinburgh

Várias fotos do percurso:

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Castelo

O castelo de Edinburgh situa-se em solo basáltico de um vulcão extinto, há pelo menos 340 milhões de anos. O Castle Rock (Rochedo do Castelo) eleva-se a 120 metros acima do nível do mar.

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Nos últimos dias antes de fazer a viagem, estava indecisa se visitava o Castelo de Edinburgh ou não. Acabei por decidir que não. Achei caro, 16£ (20€), apesar de ser bastante grande e ter muitos museus lá dentro. O Castelo de Eilean Donan foi 5,50£ (para grupos) e foi bastante giro, apesar de a comparação não ser justa, já que pelo que andei a ver do de Edinburgh, tem coisas muito diferentes e o de Eilean Donan são mais aposentos do clã mas é mais a meu gosto e já tinha visitado recentemente em Portugal vários edifícios do mesmo género para justificar mais tempo em Edinburgh. Uma visita ao castelo de Edinburgh é pelo menos 2 horas e picos e poderá ser ainda maior. Talvez numa outra altura ;)

Muros

Este foi o "capítulo" mais difícil de escrever, pois não encontrava fontes que dissessem especificamente o que ouvi por lá. Finalmente dei com a informação e agora posso contar o que ouvi com mais certeza e fontes!

Antigamente Edinburgh estava cercada de vários muros que serviam para se protegerem de ataques mas que eram facilmente transpostos e o que realmente faziam melhor era controlar o comércio.
A passagem entre os muros fazia-se através de portões mas todos os visitantes ou habitantes precisavam de pagar uma taxa alta sempre que quisessem entrar em Edinburgh. Deste modo, as pessoas mais pobres que viviam dentro dos muros, como não podiam pagar para voltarem a entrar, viviam o resto das vidas dentro dos muros.
Os comerciantes de fora do muro, raramente entravam porque Edinburgh era um burgh diferente do que viviam e só seria absorvido pela cidade em 1856.

A área dentro do portão entre High Street e Canongate, chamado Netherbow Port, passou a ser chamado o "The World`s End" (o fim do mundo) porque para muitos cidadãos, que não conseguiam voltar a entrar, este era o fim do mundo como o conheciam. O nome perdurou num pub popular que se encontra na esquina de St. Mary`s Street com a High Street.
(Fontes: Edinburgh town walls, scotsman: Lost Edinburgh: The Netherbow Port, royal-mile.com: The Netherbow Port e Burgh - wikipedia em inglês)

No início da tour, o Jamie contou que em Edinburgh existiam os melhores médicos, ou pelo menos na altura do muro, visto que muita gente não entrava nem saía do muro, quando morriam, se estavam dentro do muro, dentro do muro ficavam. E isto traduziu-se numa acumulação de corpos, nos quais eram utilizados para praticarem na medicina... o que contribuiu para melhorarem muito!

E também devido a esse muro, os prédios chegavam a alcançar os 20 andares!

Actualmente, existem poucas partes dos muros. Começaram a ser demolidos no século XVIII. E em baixo deixo uma fotografia de uma parte de um muro que ainda persiste.

Edinburgh, sightseeing bus

Referendo Independência da Escócia

Estando a visitar a Escócia uma semana antes do Referendo sobre a Independência deste país, passei por muitas casas, quintais e postes, com YES e (muito poucos) No, isto em relação à pergunta que iria ser feita, dia 18 de Setembro: "Deve a Escócia ser um país independente?".
Não estava nada a par disto até lá ter chegado, por isso, o que ouvi em primeira mão foi a opinião dos locais. Não falei com ninguém que não quisesse a independência mas pelo que me disseram, quem não quer, são pessoas que não estão muito a par para fazer tal mudança, talvez pessoas mais velhas e quem queria, queria mesmo muitoooo a independência.

Infelizmente para esses, pronto, mais uma época sem serem independentes. O Não ganhou com 55,3% dos votos e o Sim tinha 44.7%. No entanto, provavelmente daqui a mais uns 4 anos, poderá haver novo referendo. Este não foi o primeiro e cada vez a balança pesa mais para o lado dos SIMs.

Edinburgh, sightseeing bus Edinburgh, sightseeing bus

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Manchester

Apanhei o comboio de Edinburgh - Waverley Station para Manchester Picadilly, onde iria ficar essa noite e apanhar o avião para Portugal, no dia seguinte de manhã.

Compensa comprar o bilhete online, antecipadamente, pois há um desconto associado. Como não sabia a que horas me iria despachar em Edinburgh, não comprei e paguei um pouco mais. Mas com o problema inicial do atraso do voo para o Reino Unido, também perdi essa reserva e ainda vou ver se consigo reaver o dinheiro mas pedem formulário e envio por carta...

Foram 3 horas de viagem que podiam ser mais tranquilas, não fosse a porta do comboio ter um apito irritante e alto, sempre que se ia fechar.

Chegando a Manchester, tinha novamente 50% de probabilidade de acertar no sentido da rua para o hostel e, desta vez, acertei! Precavi-me e já tinha printscreens no telemóvel com partes do mapa para saber em que ruas devia passar para o meu alojamento.

Não tinha grande vontade de visitar Manchester, até foi um percurso médio da estação ao hostel (10 minutos a pé sempre a bombar) e descansei um bocado de tarde e só mais perto da hora de jantar, saí para ir a uma mercearia comprar coisinhas para jantar.

Manchester

Manchester Manchester Manchester

Hatters at Hilton Chambers

Desta vez reservei um single room no Hatters at Hilton Chambers para descansar das dormidas em Edinburgh, pois antes e depois da tour fiquei no Haggis Hostel num quarto com mais 3 raparigas.
É um alívio quando chego a um quarto só para mim e consigo tirar tudo da mala para mais tarde poder arrumá-la melhor e estar muito mais à vontade para me deitar e descansar a qualquer hora, se assim bem me apetecer. Não é que não o possa fazer num quarto com mais gente mas é sempre chato se querem movimentarem-se no quarto e estarem com mais cuidado em não fazer barulho. Eu prefiro desde já, activar o meu modo anti-social e não ter de falar com ninguém nem estar a ser simpática grande parte do tempo, por ter mais gente comigo. Gosto de ser simpática mas também gosto de estar sozinha e calada e o que quer que me apeteça sem mais ninguém e às vezes isso pode ser mal visto mas também, vejam o que querem...

E, pela primeira vez, em toda esta viagem, dormi numa grande cama, aparentemente do tamanho da minha e realmente já estava a ficar farta de camas de solteiro.

O hostel é porreirinho, parece bastante popular com muita gente sempre em todo lado, visto também que os quartos não têm wi-fi mas as zonas comuns já têm.

As janelas e/ou as paredes deviam ser melhor isoladas pois quando estive deitada, no meu quarto, a ler um livro, ouvia o pessoal no pátio mais abaixo a conversar e mais tarde quando me quis deitar cedo, ouvia o pessoal a conversar durante o jantar. Felizmente a política de silêncio a partir das 23:00 é cumprida.

No dia seguinte, o mecanismo do pequeno-almoço era semelhante ao do Haggis Hostel, em que tudo está à vista ou em armários e é self-service (ao contrário dos bed and breakfast que tem uma parte que é servida pelo staff) e a indicação é que os pequenos-almoços eram a partir das 7:30 (penso que era isso) e eu queria fazer checkout e pôr-me a caminho do comboio um pouco antes das 8:00... no entanto, acho que estes horários nos hostels, não são propriamente assim. Como as coisas já estão prontas pode-se ir mais cedo (e já estava gente quando cheguei...)

Mais 10 minutinhos a pé, não me perdi novamente, yey e apanhei o comboio para o aeroporto.

A volta

Alteração de avião

No aeroporto tinha, no smartphone, um printscreen do bilhete do voo mas o código não funcionava para passar no primeiro torniquete antes do posto de segurança... a funcionária mandou-me procurar o posto da TAP que ficava após uma passagem lá num cantinho do edifício, que nem parecia haver nada e havia uma fila média para o checkin das malas... e eu so queria imprimir um bilhete... mas sim, precisava de estar na fila. Imprimiram-me, voltei lá, não funcionava na mesma e não funcionou a outra rapariga que tentou com o dela, ao que um outro segurança disse que voos para Portugal seriam passados manualmente por outra segurança (com outro pequeno device em vez do torniquete). E aí funcionou... ou seja, parece-me que o código do meu telemóvel não funcionava no torniquete, pela mesma razão que o bilhete impresso também não.... mas pronto, assim com o ticket em papel podia usar o telemóvel mais à vontade, não fosse a bateria ir-se à vida e ainda precisar dele no aeroporto.

No dia anterior às 18 horas, tinha recebido um email que só li no dia do voo, quando me liguei ao wi-fi do aeroporto (é grátis mas de tempo limitado), que a TAP alertava que nao iria conseguir garantir equipamento para o voo e que iriamos noutra companhia aérea, a Danish Air Transport...

Devido a questões operacionais inesperadas, a TAP teve de efectuar uma reprogramação dos recursos disponíveis, e fomos obrigados a fretar aviões de outras companhias aéreas.

E-mail da TAP

Aqui ja davam a possibilidade de cancelar o voo, mudar a data ou reembolso mas pronto, eu quero é ir para casa.

Mas com a alteração do avião, resultou em não haver lugares marcados, possivelmente porque o interior do avião é diferente do da TAP e não devem ter a mesma estrutura. Este era composto por 2 lugares, o corredor e depois 3 lugares. O que foi um pouco confuso, porque dentro do aeroporto disseram para entrarem primeiro as pessoas dos lugares 20 e tal e o meu era antes, então quando lá cheguei estava o avião já quase todo cheio... mas tive sorte, procurei um sitio para por a mochila perto de um lugar vazio e encontrei um à janela ao lado de um português que me pareceu bastante razoável e acessível (não gosto de deixar a mochila muito longe de onde me sento).

Este voo também estava atrasado mas foi só cerca de 30 minutos a 1 hora.

Voltámos às refeições pobrezinhas e desta vez foi a mais pobrezinha que comi num avião, parecia um terço de uma sandes de panrico, com metade de folhinha de alface e paio. Mas já foi bom terem dado qualquer coisinha. Ainda deram uma revista grátis para escolher (como o Balcão de Leitura a Bordo no aeroporto de Lisboa mas desta vez num avião), ao qual escolhi a SÁBADO e até era do dia anterior e não com meses de atraso; e foi o que me valeu para a hora e meia que ainda faltava de voo, foi uma leitura bastante interessante.

Apanhei bom tempinho no voo e vi nuvens bonitas. Não entendi nada do caminho que fizemos pois não reconhecia nada da terra lá em baixo mas acho que fomos por França...

Flying Flying Flying

Conclusão

Foi uma bela viagem com os seus contratempos mas que valeu a pena! A Escócia é um país muito bonito e rico em histórias e com pessoas muito bem dispostas! Recomendo a Rabbies Trail Burners, se um dia quiser ver outra parte da Escócia, claramente os considerarei!

Comparativamente à Irlanda, estive a pensar e, adorei ambos e foram diferentes mesmo tendo tido sitios que chegava na Escócia e me fazia lembrar um pouco da Irlanda. Achei a Escócia com pontos lindissimos muito mais pertos do que na Irlanda, em que faziamos viagens mais longas para cada paragem mas são ambos muito bonitos e adorei ter feito ambas as viagens! ;)

Loch Oich, south of Invergarry #13

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